Comer viver e passear no Rio só pode ser espetacular

por Cozinha da Márcia

É uma delícia passar o fim de semana no Rio, como nasci lá faço como os locais vou aos mesmos lugares que os turistas frequentam, mas recomendo fazer esses passeios de um jeito carioca, os horários são diferentes em geral mais para o fim do dia. Sempre tem algo incrível acontecendo, algumas vezes são até é bem parecidos com eventos em outros lugares, mas lá ganham um ar mais ameno. Tudo acontece embaixo de uma árvore para aproveitar a sobra. Antes poderíamos dizer que a cidade era violenta, melhor não visitar, agora como campeões mundiais de assassinatos em geral segundo a ONU, essa conversa de não vou ao Rio por causa da violência não existe mais. Então o melhor é aproveitar a paisagem feito um morador.

Por isso pegue a ponte aérea ou o ônibus, informe-se sobre as linhas que não param na estrada, são as melhores. Esse final de semana fui aos mesmos lugares que todos os turistas. Na sexta fui a um bazar, tem que ter fé para ir em um, não dá para saber se vai ser bom, se as mercadorias apresentadas combinam como nosso gosto, mas é um ótimo lugar para se comprar dois tipos de presentes – os de Natal e os de festas de aniversário da escola do filho, sempre é bom ter dois ou três no armário, assim ninguém precisa sair correndo e comprar um presente nada a ver no caminho da festa.

Cheguei na sexta-feira e voltei na segunda pela manhã. Fui bater perna. Alguns endereços garantem o charme do lugar e dos produtos – bazares localizados nos bairros de Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico, Gávea e Leblon já indicam compras de presentes bem transados e não necessariamente supercaros, mas o charme carioca tem um preço. É bom lembrar que quase sempre menores que os de São Paulo, onde moro.

Fui no mesmo dia ao lançamento do livro do Tadeu Jungle na Livraria da Travessa em Ipanema depois jantamos no Tupac, restaurante peruano na Rua Aníbal de Mendonça. O cardápio é autoral e bem cuidado, comemos bem. Infelizmente pedimos comida de mocinha, só entradinhas em pequenas porções, mas deliciosa, assim a minha opinião sobre o cardápio é parcial. Pedimos um croquete de cogumelos, chegou frito com a casquinha crocante por fora sem um pingo de gordura e por dentro puro cogumelo macio.

Como a conversa era muita e precisava ser posta em dia, pedimos um ceviche que veio a ser preparado na nossa frente por um auxiliar de cozinha, que pelo que entendi é quem deveria arrumar e explicar estava sem voz – então um assistente de cozinha preparou e o garçom muito simpático descreveu os ingredientes,  cheio de cuidados e sabores ricos, o que mais me atraiu foi a batata-doce cozida no suco de laranja. Só me incomodou o fato do funcionário com dor de garganta estar trabalhando, coisa de carioca, mas quem sabe na próxima vez ele fica em casa por uma questão de saúde pública. Nem sempre quero pegar dor de garganta quando janto fora.

Tupac – Rua Aníbal de Mendonça 132, Ipanema. Telefone 21/ 3592-4941.

Leia aqui o Passeio de sábado

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