Dois meses na França e direto na cozinha

por Cozinha da Márcia

Cheguei ontem a Paris onde devo ficar por dois meses. Tenho uma semana de férias, meio que para aprender onde fica o supermercado, a farmácia e a padaria e em seguida, já no domingo começa a OMNIVORE 2016, um feira só com cozinheiros jovens, meio conhecidos e desconhecidos que dão aulas, demonstram para o público como fazem os pratos do seu jeito. Como tudo agora em gastronomia, eles se chamam de World Tour e, esse ano irão apresentar chefs do Canada, além de franceses. Viajam o mundo e juntam muita gente interessada em comida.

Para ver o site da OMNIVORE 20016 clique aqui

De meu lado, assim que deixei as malas em casa desci as escada, poucos prédios tem elevador e, no prédio onde estou, é tão pequeno que parece uma gaiola, cabe uma pessoa de cada vez. Desci e entrei no primeiro bistrô à esquerda. Lindo, pequeno e ali tomei uma sopa de pastinago ou cherivia – em francês panais – em inglês parsnips, fui correndo olhar nos dicionários do UOL, que não conhecia. Parecem umas cenouras brancas, do mesmo tamanho, com umas folhas parecidas. Estão na época aqui. O sabor é diferente do nabo japonês e do nosso tradicional redondo com a base roxa. Muito bom. Vou tentar fazer em casa.

Comprei um queijo, bem pouquinho para não repetir – fiz uma bobagem, esqueci de anotar o nome para poder contar aqui. É bom, de queijo de ovelha, a textura é consistente e é coberto por um mofo suave de cor cinza claro. Parece que sou metida, mas na minha ignorância, devo dizer que existem vários com essa descrição no balcão de queijos daqui. Gostei. Da próxima vez eu vejo o nome e faço um post com as explicações.

Espinafres gigantesDepois fui a supermercado, e comprei um frango assado e pão, baguete, nada complicado mas bem boa. O mais legal até agora foram a peixaria, ainda não me animei a comprar nada e a barraca de legumes. Comprei folhas de azeda, aqui são enormes, parecem as da taioba, o talo central é diferente, macio bem mole, e nascem como as folhas de mostarda, saem todas da mesma touceira. Imaginem que elas são vendidas avulsas, nada de ficar catando uma por uma do pé. O verdureiro colocou uma plaquinha chamando de espinafres, dizia ter do pequeno e esse grande. Só tirar o talo grosso e cozinhar no bafo com limão por cinco minutos – quem me deu a receita foi o verdureiro. Deve dar certo… Chegando em casa fiz as azedas, e ficaram ótimas. Aqueci no azeite e juntei uns tomatinhos cereja. Tinha esquecido de trazer o limão.

Comprei um queijo, bem pouquinho para não repetir e poder comprar outro diferente da próxima vez – fiz uma bobagem, esqueci de anotar o nome para poder contar aqui. É bom, de queijo de ovelha, a textura é consistente e é coberto por um mofo suave de cor cinza claro. Parece que sou metida, mas na minha ignorância, devo dizer que existem vários com essa descrição no balcão de queijos daqui. Gostei. Da próxima vez eu vejo o nome e faço um post com as explicações.

O queijo e as verduras foram compradas no Marché Saint Germain, vale o passeio, primeiro pela qualidade dos ingredientes, segundo pelo tamanho. Pequeno e com pouca gente, uma raridade para quem vem de São Paulo e do Rio de Janeiro.

4-6 Rue Lobineau, 75006 Paris

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