Comecei a preparar em casa o acarajé com caruru levinho porque na verdade eu gosto mais do bolinho sem acompanhamento. O nome do bolinho puro é acará. Acarajé quando recebe os recheios. No entanto, acho o acarajé completo um pouco pesado. A mistura servida no recheio – o vatapá, o caruru, o molho de salada, e o molho de pimenta com um camarão seco por cima, só como em dias especiais.
Por isso, quando preparo o acarajé pequeno sirvo acompanhado de um caruru bem levinho, mas ainda assim engrossado com camarão seco e com uns camarões para enfeitar. É claro que eu sei que o acarajé com o caruru levinho não é o tradicional servido pelas baianas. E também não é o acará – o bolinho de feijão fradinho sem sal, servido nos cultos de matriz africana. Mas tem seu charme. Ele pode ser frito no azeite de dendê, no azeite de oliva ou ainda no óleo de canola.
Também reduzi o tamanho dos bolinhos. Eles ficaram iguais aos da porção que as baianas vendedoras de acarajé usam para testar o calor do óleo. Os bolinhos também são uma oferenda à Iansã, Oyá em iorubá, a deusa guerreira que luta pela sua felicidade.