E de onde vem a pimenta malagueta? Pois é, tem uma confusão danada sobre qual pimenta vem de qual continente. Primeiro porque a família das pimentas chamadas de capsicum é muito grande. Apesar de sua origem americana, no caso brasileira, esse é um tipo de planta que só precisa de um clima ameno para vingar. Por isso, adaptou-se mundo afora levada pelos portugueses a partir do século XVI.
Além de terem tamanhos e cores diferentes, o seu grau de picância (a força do seu ardor) varia entre suave e muito ardido. Existe até uma medida, a Escala de Scoville, para medir o grau de picância de cada uma delas. A malagueta está mais ou menos no meio do caminho. É bem ardida, porém suportável se consumida pura em pequenas quantidades. Ela é uma das pimentas usadas na culinária brasileira, na comida portuguesa, na caribenha, e na africana.
Veja aqui a tabela com o grau de picância de cada tipo de pimenta.
A pimenta malagueta pode ser consumida fresca ou em conservas. Existem inúmeras receitas para se conservar as pimenta frescas compradas nas feiras livres. Uma delas é como um tipo de pickles. A receita é simples, basta colocá-las já lavadas em um vidro, e cobri-las com uma mistura de água fervida, sal e um quarto de xícara de vinagre de vinho branco.
Tem um outro jeito de fazer o molho de pimenta: aqueça-as cobertas com cachaça, temperadas com sal, folhas de louro, e um dente de alho descascado. Afervente-as por uns cinco minutos, e escorra a cachaça. Em seguida, coloque as pimentas e seus temperos em um vidro, e cobra-as com azeite. Guarde os dois tipos de conserva tampados na geladeira. Aguarde dez dias para o vinagre ou o azeite estarem bem apimentados.