O chuchu é uma planta original do sul do México e da América Central, onde é chamado de chayote. Mas, espalhou-se pelas Américas em um sistema de trocas entre as populações locais ainda antes do avanço da colonização europeia no século XVI. Devido às diferenças culturais entre essas potências imperiais – Portugal, Espanha, França, Inglaterra, e Holanda, as populações locais desenvolveram receitas diferentes baseadas na influência colonial de cada região. É chamado de christophine no Caribe de língua francesa, por exemplo, onde é servido recheado e gratinado.
No Brasil, segue-se a tradição portuguesa de servir legumes regados com um pouco de azeite de oliva. O modo mais comum servir os chuchus é refogadinho com um pouco de cebola. Mas também eles também são cozidos cortados em quadradinhos e utilizados misturados com batatas e cenouras cozidas. Ao mesmo tempo, algumas receitas francesas se misturaram com alimentos locais a partir de século XIX. E, com isso podemos dizer que o suflê de chuchu é um ótimo exemplo de apropriação cultural. A receita mistura o molho branco francês com o chuchu cozido. Ele já foi um clássico da mesa carioca, embora ande meio esquecido. Imaginem que era considerado um prato elegante e de sabor delicado.
Um pouco de história
As trocas intensas de plantas entre continentes a partir da chegada dos primeiros colonizadores espalhou muitas espécies comestíveis e ornamentais por todo o mundo. Por muito tempo, o chuchu que é uma trepadeira, foi considerado uma planta ornamental em países do Oriente Médio e da Ásia. Depois passaram a consumi-lo.
Hoje o Brasil produz aproximadamente 400.000 toneladas por ano, e é o terceiro maior produtor de chuchu do mundo, e por isso mesmo acho que devemos aumentar o número de receitas com chuchu. A maior variedade vai nos ajudar a romper o preconceito que o chuchu é sem gosto.
Veja aqui os tipos diferentes de chuchu