A Branca de Neve comeu uma maçã envenenada, e adormeceu. Uma mulher solteira mordeu a careca de uma imagem de Santo Antônio, segundo um dos muitos contos à respeito de sua eficácia para arrumar maridos, e ela se casou. Tem ainda a história da outra moça que jogou o santo pela janela, na queda a imagem bateu na cabeça de um moço. E, o santo fez o milagre, o casal se apaixonou quando ele devolver a imagem do santo para sua dona.
No conto de fadas, a Branca de Neve é salva por um ato de amor – o príncipe a beija, ela acorda, e eles se apaixonam. No caso do Santo Antônio, o caminho é menos direto. Porém, o resultado é semelhante. Os envolvidos nos eventuais acidentes se rendem ao amor após um encontro. Só que no caso do Santo Antônio, o casal de enamorados ainda tem a oportunidade de agradecer pelo encontro. O assunto do ponto de vista literário – é o amor. E do ponto de vista religioso, o assunto também é o amor.
Um pouco de história
Santo Antônio foi um padre que nasceu em em Portugal, em Lisboa, em 1195. Pertenceu a ordem dos franciscanos, e como pregador mudou-se por diversas vezes entre conventos. Faleceu muito jovem, entre 1230 ou 1231 em Pádua na Itália. Santo Antônio era um pregador do cristianismo em um momento em que nem toda a Europa havia se convertido. E, a sua fama de santo casamenteiro desenvolveu-se em Portugal. Porém, ele é mais venerado por que teria realizado uma série de milagres, os quais convenciam as populações não cristãs a se converterem.
A receita do Bolo de Santo Antônio está aqui.