Hoje preparei um tipo de pão de leite um pouco diferente. No Rio de Janeiro ele é conhecido como Pão Petrópolis. Apenas com uma diferença, eu fiz um pão Petrópolis integral. A única variante dessa receita para a original é que dessa vez acrescentei farinha integral à massa. Esse pão é usado para preparar a torrada Petrópolis, uma versão generosa do pão na chapa. Fatias grossas do pão são torradas até ficarem mais durinhas, e em seguida são besuntadas ainda quentes com muita manteiga. A porção tradicional nas confeitarias vem com duas fatias, e normalmente são acompanhadas por um chá, mate ou suco.
A receita é fácil de preparar uma vez que utiliza o fermento biológico desidratado para o pão crescer mais rápido. E, também utiliza leite, o que deixa o pão mais macio.
Para completar sirva com um doce de tangerina feito em casa, dá uma olhada na página do site
Um pouco de fermento
Ainda hoje, diversas confeitarias na cidade como a Colombo e a Pavelka, cuja matriz fica em Petrópolis, servem a torrada Petrópolis. Na receita original a massa do pão era provavelmente feita de outro modo, uma vez que o fermento biológico industrial só chegou ao Brasil, mais precisamente na cidade de Petropólis, em 1932. E, como só passou a ser vendido no varejo a partir dos anos 60 do século passado, a maior parte das receitas antigas de pães feitos em casa utilizava um fermento mais lento.
O modo mais comum de se fermentar o pão caseiro era guardando um pedaço da massa crua já crescida, mais ou menos do tamanho de um pão francês, a qual seria usada para fermentar os próximos pães. Quem não tinha fermento em casa pedia para algum conhecido ou comprava um tanto de massa crua na padaria. Ou ainda fazia seu próprio fermento a partir de uma mistura de água e farinha de trigo. Muitos pães também eram fermentados com levedo de cerveja.