A diferença entre as rolhas de cortiça e as sintéticas

por Cozinha da Márcia
Árvore da cortiça. Foto: Donald Scott Lee/Wikimedia Commons License

Atualmente a maior parte dos vinhos para serem consumidos jovens, e com preços relativamente baixos, não utiliza rolhas de cortiça natural. Primeiro porque as rolhas de plástico vedam bem as garrafas, segundo porque são mais baratas. E ao mesmo tempo, a produção de vinho aumentou tanto nos últimos trinta anos que não há cortiça suficiente para se produzir rolhas. Esse tipo de vedação é fabricado com o plástico polietileno.

A cortiça é a casca de uma árvore  – o sobreiro – que pode ser comprimida como um cilindro ou preparada em placas. No entanto, cada árvore demora até vinte anos para formar uma casca com a espessura do diâmetro da boca de uma garrafa de vinho. A sua grande vantagem é que é um material muito flexível, portanto as rolhas de cortiça ao entrarem em contato com o vinho nas garrafas umedecem e se expandem. As garrafas permanecem lacradas enquanto o vinho amadurece sem influências externas.

Uma outra alternativa

A Austrália iniciou a produção de vinhos na década de 60 do século XX. Introduziram novos tipos de uva, e um outro modo de fechar as garrafas. A ideia é muito ingeniosa, uma vez que os vinhos produzidos naquela região eram, sobretudo naquela época, vinhos para serem consumidos jovens. Um vinho jovem é vendido logo depois de  engarrafado, e deve ser consumido rapidamente. Além disso, como os vinhos não precisam descansar deitados, as garrafas são armazenadas em pé. O que quer dizer que a rolha de cortiça é desnecessária. Portanto, introduziram tampas de rosca de alumínio forradas com um filme plástico. Anos mais tarde outros países com regiões vinícolas desenvolvidas a partir dessa época como Argentina, Chile e Brasil também aderiram a esse tipo de lacre em algumas de suas linhas de vinhos.

 

 

Sobreiro, a árvore da cortiça em Portugal /Foto: Donald Scott Lee/ Wikimedia Commons

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