O primeiro nome do bolinho de estudante era punheta. No entanto, seu nome mudou com popularização da referência sexual do termo. Originalmente, esse nome referia-se ao seu formato alongado do tamanho do punho da mão. Pode até ser que a moçada no século XIX fizesse uma relação entre o corpo masculino e o bolinho. No entanto, na língua portuguesa quer dizer pequenos punhos, a parte do corpo que une a mão ao punho. E, a turma do ‘deixa disso’ logo arrumou um novo nome para os croquetes de tapioca com coco.
Eles fazem parte dos doces vendidos nos tabuleiros das baianas, junto com as cocadas brancas, pretas e de amendoim. Os pratos salgados são o acarajé, o abará e o peixinho frito – são fatias do baço do boi fritas no azeite de dendê. Ele é menos conhecido uma vez que os miúdos de boi ganharam legislação específica para sua venda no varejo. E a rua não é um desses locais.
E, não é porque a festa foi transferida que o Carnaval saiu do calendário. Afinal ele marca o início da Quaresma, que termina quarenta dias depois na Páscoa. E nada como comemorar a data com uma comida de rua, e das mais delicadas e gostosas. O bolinho de estudante é um croquete – que nesse caso preparei como uma bolinha. A sua massa é a mesma utilizada no cuscuz de tapioca.